Ao som dos bastidores

Ficha Técnica

Apresentação: Patrícia Pinheiro e Camilla Iumatti Freitas
Roteiro: Patrícia Pinheiro e Camilla Iumatti Freitas
Convidada: Carol Parreiras
Produção: Barquinho e Antropotretas
Montagem: Leonardo Pinheiro
Mixagem: HP Rodrigues
Música: HP Rodrigues
Arte: Thiago Oliveira
Publicado em: 06/06/2022

Entre os meses de outubro de 2021 e abril de 2022 a equipe do Antropotretas esteve empenhada na produção da série Ligas Camponeses, em que percorremos as disputas e violências contra camponeses organizados no interior da Paraíba desde a década de 1950 até o presente. Partindo da experiência de produzir nossa primeira série narrativa, o episódio de hoje fala justamente sobre as nuances, particularidades e desafios da produção do podcast desde os seus bastidores. A conversa contou com a participação de Carol Parreiras, que junto com Paula Lacerda é uma das produtoras do Campo Podcast, e também tem se aventurado pelos processos de experimentação sonora e com estruturas narrativas.

Pode não parecer ou ficar exatamente nítido no produto final, mas o processo de construção de um podcast é marcado por várias dúvidas, negociações e experimentações que fazem parte do dia a dia dos bastidores. Quem convidar, que tom dar à gravação, quais equipamentos usar, como conduzir uma história, quanto tempo um episódio deve durar são questões que fazem parte desse universo. Pensando nas formas de divulgação científica, essas questões somam-se ainda a duras e longas jornadas de pesquisa em acervos, a tentativa de encontrar sons e ambiências que reconstruam aspectos importantes da narrativa e que permitam mergulhar nas histórias não apenas a partir das vozes das pessoas, mas de várias camadas de som.

Neste episódio discutimos esses pontos a partir da uma reflexão conjunta entre nossa equipe, responsável pela produção da série Ligas Camponesas, e a Carol na produção da série Sentidos de Campo. Em Sentidos do Campo, Paula Lacerda e Carol Parreiras descrevem o processo de pesquisa e o cotidiano da cidade de Altamira, lugar onde Paula realiza pesquisa há mais de uma década e que foi objeto de sua tese de doutorado sobre o caso dos meninos emasculados de Altamira. No processo de produção dos podcasts refletimos sobre a construção dos arquivos sonoros, o dia a dia do que não vai ao ar, as escolhas, experimentações e o exercício de traduzir os procedimentos de investigação para uma linguagem sonora.

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Neste episódio falamos do texto da Soraya Fleischer e da Daniela Manica, que você pode ler aqui. Também comentamos sobre o livro “No ar: antropologia” que reúne relatos de experiências sobre fazer antropologia e podcast e tem colaboração de diversos projetos que fazem parte da Radio Kerekere. O livro pode ser lido aqui. Também mencionamos a série “Sentidos do Campo”, do Campo – podcast de Antropologia, e a tese da Paula Lacerda, que dá pra ler aqui.

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