Ficha Técnica
Série: Ligas Camponesas
Apresentação: Patrícia Pinheiro e Camilla Iumatti Freitas
Roteiro: Patrícia Pinheiro e Camilla Iumatti Freitas
Produção: Barquinho e Antropotretas
Edição: Leonardo Pinheiro
Mixagem: HP Rodrigues
Música: HP Rodrigues
Arte: Thiago Oliveira
Publicado em: 17/02/2022

No relatório sobre violência no campo produzido pela Comissão Pastoral da Terra em 2020, a ex-procuradora Deborah Duprat descreve da seguinte forma o quadro atual da perseguição e violência contra pessoas e lideranças políticas no presente: “O Brasil atual está mais próximo de 1500 do que de 1988”.
O comentário da jurista ilumina algumas das conexões e atualizações nas formas de violência que habitam o mundo rural brasileiro. Nesse cenário de recrudescimento, formas históricas de violência se aliam a novos atores políticos e econômicos, como o agronegócio na atualização de dinâmicas de violação aos direitos humanos e cerceamento a direitos fundamentais.
Enveredando pelos caminhos que essa discussão permite, neste que é a primeira parte do último episódio da série Ligas Camponesas conversamos sobre a longa duração das formas de violência no campo e também as estratégias pelo Estado e pelas próprias lideranças para disputar e garantir seu direito à memória, verdade e justiça. Participaram deste episódio a professora Leonilde
No episódio ouvimos a professora Leonilde Medeiros, que comenta sobre o histórico de longa duração das violências contra as populações camponesas no Brasil desde o início da colonização. Leonilde também comenta os movimentos políticos no cenário contemporâneo para produzir justiça e construir formas de reparação para essas populações, a exemplo da Comissão Camponesa da Verdade e da Comissão Nacional da Verdade. Gilney Viana é nosso convidado também no episódio e um dos atores que participaram do processo de construção da Comissão Camponesa da Verdade e contou sobre os efeitos da democracia na discussão sobre as formas de acesso à terra.
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