Ficha Técnica
Mediação: Camilla Iumatti Freitas
Participantes: Marina Nucci, Paloma Fernandes e Marcos Carvalho
Introdução: Patrícia Pinheiro
Roteiro: Camilla Iumatti
Edição: Leonardo Pinheiro e HP Rodrigues (Produtora Barquinho)
Arte: Thiago Oliveira
Publicado em: 13/05/2021

Depois que uma pessoa engravida, a partir do primeiro trimestre é possível fazer aquilo que é aguardado por muitos pais e mães: o exame de ultrassonografia para identificar o sexo do bebê. Essa exame, que permite identificar a genitália do bebê também é chamado de “sexagem fetal”. Há quem prefira guardar o segredo e daí aparece aqueles tão famosos chás de revelação, momento em que os pais inventam algum tipo de surpresa para revelar o tal sexo da criança que às vezes nem nasceu ainda. A treta que vem daí não é nada simples. Basicamente, se constroem dois mundos: o mundo dos meninos e o mundo das meninas, o mundo azul e o mundo rosa, o mundo do brincar com carrinho e o mundo do brincar com bonecas. Essas situações mostram um pouco da nossa forma de lidar e estabilizar padrões de gênero. Dizendo de um modo mais simples, é como se a gente já definisse o que as pessoas são e como elas devem se comportar antes mesmo delas nascerem. A gente chama isso de padrão de gênero não apenas porque o gênero é o principal elemento dessas regras que vão ser construídas, mas porque é a própria ideia do que seja menino ou menina que vai sendo produzida com esses mundos tão separados.
Falar sobre padrões de gênero é falar sobre binarismos, ou seja, esse jogo entre ou isso ou aquilo, entre ou ser menino ou ser menina. E isso é um baita problema porque na nossa sociedade desigual, quem não se encaixa nisso sofre punições severas, geralmente, e também porque no final das contas, não é como se tivéssemos condições iguais entre as pessoas. Ao contrário!
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