Aborto

Ficha Técnica

Mediação: Camilla Iumatti Freitas
Participantes:
Marcos Carvalho e Rozeli Porto
Introdução:
Camilla Iumatti Freitas
Roteiro:
Camilla Iumatti, Thiago Oliveira e Marcos Carvalho
Edição:
Thiago Oliveira
Arte:
Thiago Oliveira, com ilustração de Daniella Graner
Publicado em: 04/03/2021

Nesse episódio a gente resolveu discutir uma baita treta: o aborto e suas tentativas de descriminalização. Afinal, de que pessoas estamos falando quando discutimos aborto? Que questões são feitas e quais deveríamos estar fazendo pra chegar a uma resposta mais razoável sobre a saúde e direitos reprodutivos de quem precisa recorrer a um aborto? Esse é o primeiro episódio da série Antropotretas, em que convidamos especialistas para debaterem com a gente temas importantes do debate público na sociedade brasileira e como a antropologia se relaciona com eles. Nossos convidados para esse episódio foram a Rozeli Porto, professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e Marcos Carvalho, antropólogo que realiza pós-doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O aborto é uma experiência que atravessa a vida de milhões de pessoas com útero pelo mundo, sejam elas mulheres cisgêneras ou homens trans. Esses abortos nem sempre são provocados, às vezes acontecem de forma espontânea por complicações na gravidez. Contudo, há situações em que as pessoas precisam recorrer a um aborto. Atualmente a legislação prevê três casos em que o aborto é regulamentado no Brasil: para salvar a vida da pessoa gestante; quando a pessoa é vítima de estupro; e em casos em que não há formação do crânio do bebê. Exceto por esses casos, realizar aborto de forma provocada é crime, e tanto gestante quanto profissionais de saúde podem ser presos no Brasil por isso. Com isso, a maior parte dos abortos acontecem de forma ilegal, em clínicas precárias e adotando métodos que não garantem a saúde de gestantes. Esse é um debate complexo e em geral polarizado em torno de grupos “pró-escolha” e “pró-vida”. Essas ideias de vida e escolha, de direito e autonomia sobre o corpo não são fáceis de responder, e ainda que nos últimos anos a gente tenha visto alguns avanços nos países vizinhos que regulamentaram leis que priorizam um debate seguro e legal, por aqui ainda há muito pra ser discutido.

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